Na hora de separar o lixo, é comum não ter conhecimento sobre o que fazer com os restos de alimentos, quais os tipos de resíduos que podem ser misturados e como dispensá-los corretamente.
A reciclagem e lixo orgânico
Lixo orgânico é qualquer resíduo que tenha origem vegetal ou animal. Ele é produzido todos os dias nas residências, escolas, ou seja, em qualquer lugar. São basicamente compostos por restos de alimentos, como carne, cascas de frutas, borra de café, feijão, arroz, erva-mate, enfim sobras de alimentos. Esses tipos de resíduos devem ser descartados corretamente pois, além do mau cheiro, contaminam o solo e a água por conta da sua decomposição. Se não for possível fazer compostagem, é aconselhado que vá para os aterros sanitários de forma adequada, pois, em céu aberto, a comida apodrece e gera chorume, que é um líquido escuro que contém alta carga poluidora e é proveniente de matérias orgânicas em putrefação.
Você sabia que o lixo orgânico pode causar sérias doenças se não for descartado corretamente?
São elas leptospirose, malária e febre amarela.
Reciclagem é o processo de reaproveitamento de qualquer material que pode dar origem a um novo produto ou matéria-prima, não precisando ser descartado. Podem ser garrafas, alumínio ou papel, por exemplo. Além de ajudar o meio ambiente, é uma boa alternativa para a indústria. O lixo orgânico, por mais que cause doenças e prejudique o planeta, ao ser eliminado de forma correta também pode ser reciclado, podendo virar combustível e adubo.
Como o lixo orgânico pode ser reciclado?
O lixo orgânico pode ser reciclado através da compostagem, gerando adubo para ser usado em plantações.
O processo de compostagem pode ser definido como a reciclagem de matéria orgânica. O objetivo é diminuir o impacto nos aterros sanitários, onde toda a matéria vira gás metano, prejudicial quando depositado no solo. É uma alternativa simples, que pode ser feita em casa.
Você sabia que pode criar sua própria composteira?
Saiba como:
1. Separe todos os resíduos orgânico
Podem ser cascas de ovo, iogurte, cascas de frutas, sementes. Alimentos como queijo, carne, alho e arroz não são recomendados por atrair pragas, estragando o adubo que será gerado.
2. Escolha os recipientes
Não é necessário comprar algum utensílio específico. Podem ser dois baldes ou dois recipientes fundos que comportem o quanto de material orgânico você deseja reutilizar e que, de preferência, se encaixem, deixando espaço entre eles.
3. Escolha o lugar
A composteira não pode estar em contato direto com sol, chuva e vento. O ideal precisa ser um local arejado e coberto.
4. Elabore sua composteira
Escolha o recipiente que ficará por cima e faça furos embaixo dele. É por esses furos que o chorume irá sair. Lembrando que, como ele foi gerado de maneira natural e limpa, também pode ser reaproveitado como biofertilizante na proporção de um litro de chorume para 10 litros de água. Encaixe os dois baldes e insira camadas na parte de cima.
As camadas são alternadas entre folhas secas (ou serragem, aparas de grama, restos de madeira) e material orgânico. A proporção é de duas camadas secas para uma de matéria orgânica. O processo da compostagem ocorre com mais eficiência se tudo for picado, e a última camada precisa ser de folhas secas para impedir que insetos sejam atraídos. Desta forma, o lixo orgânico e reciclável não gera gás metano, prejudicial para as plantas.
5. Não mexa por no mínimo 15 dias
É necessário um tempo para que a composteira comece a funcionar, pois é preciso atingir um certo nível de calor para que as bactérias passem a decompor todo o alimento (pode chegar a 70 graus). Caso não aconteça, observe se precisa regar um pouco ou se a quantidade de folhas secas é maior do que a de matéria orgânica. Mas, durante 15 dias, não mexa na composteira. Depois desse tempo, o ideal é revirar todo o material, para que ele seja oxigenado. O adubo estará pronto quando todo o material estiver de cor marrom escuro e com cheiro de terra fresca.