A Tristeza Parasitária Bovina (TPB) é uma doença parasitária e infecciosa provocada por protozoários e que causa prejuízo à saúde dos animais. Para tratar o tema, produtores nortenses receberam orientações técnicas para conter a infestação de carrapatos e assim buscar a melhorias para o rebanho.
Com o apoio da Secretaria Municipal da Agricultura e Pesca (Smap), o veterinário residente da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Iuri Pioly Marmitt, realizou apresentação técnica para os participantes, na qual expôs diversos aspectos para o trato do animal com carrapato.
Iuri destacou que combater o carrapato é uma ação difícil, porém trabalhar a contenção é uma alternativa mais eficaz, desde que sejam respeitados alguns fatores, como a aplicação de carrapaticidas nos períodos adequados e uso dos princípios ativos nos momentos certos.
A bovinocultura é expressiva atividade economia do Rio Grande do Sul, explicou Iuri, ao destacar que um dos problemas que atingem os rebanhos e causam prejuízos a saúde animal e aos produtores é a infestação por carrapato. “O parasita é permanente, é cíclico. É um parasita espoliativo que suga sangue do bovino, causa, além da anemia, a injeção de agentes provocadores de doenças e isso acarreta em prejuízos com morte, subdesenvolvimento do animal, perda de peso, gasto com medicamentos”, alertou o veterinário.
De acordo com Iuri, “hoje, existe uma conta no Brasil, que este parasita impacta na pecuária 4 bilhões de dólares, aproximadamente, 16 bilhões de reais”. A contenção é uma forma de amenizar os prejuízos, pois não existe nada que controle ele 100%. “A gente tem que estudar sobre ele, conhecer o ciclo que um veterinário especialista na área conhece e passar para os produtores que, sabendo do ciclo, irá entender qual o melhor momento de usar uma droga específica ou usar uma outra droga, para que isso ajude a diminuir as perdas ou, pelo menos, racionalizar as perdas a ponto da pecuária ser sustentável”, completou.
O participante da orientação técnica e produtor rural, Flávio Jesus Xavier Machado, disse que “prima como importante o conhecimento e aprendizado” e que o encontro promoveu a troca de informações. “A gente acaba levando para o dia a dia na propriedade o que é falado aqui, a gente tendo esse conhecimento pode avaliar isso no dia a dia, pois, as reações são diferentes, como a questão de clima e outros fatores, mas isso vai nos ajudar a tomar decisões mais corretas possíveis dentro da propriedade quando tiver infestação de carrapato ou de qualquer outra coisa, explicou o participante.