Vamos falar sobre sedentarismo infantil?

O sedentarismo é a baixa ou nenhuma atividades física, o qual provoca entre outras enfermidades, um processo de regressão funcional, que no caso do sistema músculo esquelético, é o que denomina-se atrofia das fibras musculares (é a redução de volume do músculo; trata-se da perda de volume e enfraquecimento muscular devido a diminuição do tamanho das células) e a da perda de flexibilidade articular e com isso todo o comprometimento funcional dos movimentos corporais. Para além disso, nos últimos anos tem-se assistido a prevalência do aumento de obesidade infantil, em função do sedentarismo nesse público. O excesso de peso é considerado pela Organização Mundial de Saúde uma epidemia global, pelo que a obesidade infantil se tornou uma das prioridades de ação da Saúde Pública.

A ausência de atividade física está entre os principais fatores que causam obesidade em crianças. Um dos reflexos do estilo de vida atual, marcado pelo sedentarismo e pelo consumo cada vez maior de tecnologias, no qual brincadeiras de rua ou no pátio das residências têm pouco espaço em uma agenda tomada pela televisão, pelo computador e pelos jogos eletrônicos. Esses hábitos muitas vezes são estimulados pelos próprios responsáveis pelas crianças, por considerarem que os mesmos estão mais seguros dentro de casa ou para entretenimento enquanto realizam outras tarefas do cotidiano adulto.

Entende-se que pais ou responsáveis pelas crianças acumulam muitas tarefas a serem desempenhadas do decorrer de um dia: trabalho, afazeres domésticos, entre outros. Porém dentro dessa agenda deve haver um espaço para estimular as crianças a realizarem jogos e brincadeiras que promovam o gosto e o hábito pela atividade física. A movimentação corporal que as crianças desempenham durantes essas brincadeiras trazem inúmeros benefícios para elas: trabalha coordenação motora, força, equilíbrio, agilidade, destreza, auxilia na perda de peso, previne doenças futuras, diminui ansiedade e estresse, entre outros.

Então vamos estimular nossas crianças a serem ativas fisicamente, para que no futuro tornem-se adultos com hábitos mais saudáveis e consequentemente, com uma melhor saúde e qualidade de vida.  

Núcleo de Ampliado de Apoio à saúde da Família – NASF/AB

Educadora Física Carla Gautério

Referencial

ORTI, Pinheiro Natali, CARRARO, Kester. Educação física escolar e sedentarismo infantil: uma análise comportamental. Arquivos Brasileiros de Psicologia: Rio de Janeiro, 64 (3): 35-56, 2012.

PIMENTA, Ana Paula de Almeida Amaral, PALMA, Alexandre. Perfil epidemiológico da obesidade em crianças: relação entre televisão, atividade física e obesidade. Revista Brasileira Ciência. e Movimento. Brasília: v. 9 n. 4 p 19-24. outubro 2001.