São José do Norte se une a prefeitos da Zona Sul em defesa da Santa Casa de Rio Grande e São Lourenço

A grave situação financeira das Santas Casas de Rio Grande e São Lourenço foi tema central da Assembleia Extraordinária da Associação dos Municípios da Zona Sul (Azonasul), realizada nesta quinta-feira (6), na sede da entidade, em Pelotas. O encontro reuniu prefeitos da região, secretários de saúde, a Promotoria da República, representantes das Coordenadorias Regionais de Saúde, além de membros dos governos estadual e federal. Também participaram o presidente da Santa Casa de Rio Grande, Renato Silveira, o presidente da Santa Casa de São Lourenço do Sul, Cristiano Altenburg, e os deputados Alexandre Lindenmeyer (federal) e Haley de Souza (estadual).

A Santa Casa de Rio Grande, referência em diversas especialidades e responsável pelo atendimento de pacientes de toda a região, enfrenta uma grave crise financeira. Na última semana, os médicos da instituição decidiram, em assembleia, romper os contratos caso não recebam os honorários devidos em até 30 dias. O Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) informou que os profissionais que atuam no regime de pessoa jurídica estão há cerca de cinco meses sem pagamento. A decisão, divulgada no último dia 26 de fevereiro, estabelece um prazo de 15 dias para o pagamento de pelo menos 15% dos valores pendentes e 30 dias para a quitação total da dívida.

A crise das Santas Casas preocupa não apenas a população de Rio Grande e São Lourenço, mas também os gestores municipais de toda a região sul do Estado. O hospital de Rio Grande atende pacientes de outros 25 municípios, e a paralisação dos serviços pode comprometer seriamente a assistência à saúde na região. Durante a assembleia, Renato Silveira apresentou aos prefeitos um panorama detalhado da situação e reforçou a necessidade de um esforço conjunto para buscar soluções que garantam a sustentabilidade da instituição.

Já o presidente da Santa Casa de São Lourenço do Sul, Cristiano Altenburg, salientou que a situação da instituição também é preocupante. "Atualmente, estamos com um déficit de R$ 900 mil mensais e dívidas que somam R$ 178 milhões, evidenciando a extensão da crise das Santas Casas na região Sul do Estado", afirmou.

O prefeito de São José do Norte, Neromar Guimarães, e o secretário municipal de Saúde, Lucas Penteado, estiveram presentes na reunião, demonstrando apoio à busca por alternativas para manter o funcionamento dos hospitais. "As Santas Casas de Rio Grande e São Lourenço são fundamentais para a saúde de toda a região. Precisamos unir forças e buscar apoio dos governos estadual e federal para que essas instituições continuem prestando atendimento à população. A paralisação dos serviços impactaria diretamente nossa cidade e outras dezenas de municípios que dependem desses atendimentos especializados", afirmou o prefeito.

Os prefeitos da Azonasul reforçaram a importância de uma articulação junto aos governos estadual e federal para viabilizar repasses emergenciais e um plano de reestruturação financeira para as Santas Casas.

A mobilização da região sul em torno do tema evidencia a urgência de medidas para evitar o colapso do atendimento hospitalar. O desfecho das negociações nos próximos dias será determinante para a continuidade dos serviços da Santa Casa de Rio Grande e São Lourenço, garantindo a assistência médica à população dos municípios da região.

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Assessoria de Comunicação Social

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