O Dia Mundial da Hanseníase, comemorado no último domingo de janeiro, ocorre no dia 26, em 2025.
A hanseníase, conhecida desde os tempos bíblicos como lepra (Bíblia Sagrada, 1992), é uma doença infecto-contagiosa de evolução crônica que se manifesta, principalmente, por lesões cutâneas com diminuição de sensibilidade térmica, dolorosa e tátil. A doença é provocada pelo agente Micobacterium leprae, e atinge peles e nervos, podendo causar incapacidades físicas permanentes, especialmente nas mãos, pés e olhos. O Brasil é o segundo país com mais casos da doença no mundo, ficando atrás apenas da Índia. Por ano, são registrados cerca de 30 mil casos no país, incluindo adultos e crianças.
A doença se manifesta na pele em forma de manchas esbranquiçadas, amarronzadas e acastanhadas e gera uma alteração de sensibilidade. “É a única doença dermatológica que tem alteração de sensibilidade. Então, pode ser que essa sensibilidade esteja totalmente anestésica/insensível ou pode estar apenas alterada. A gente espeta a mancha e a pessoa não sentirá. Também há sinais e sintomas neurológicos como formigamento, mão dormente, pé dormente, que podem indicar hanseníase,” explicou a coordenadora de Vigilância da Doenças em Eliminação do Ministério da Saúde, Carmelita Ribeiro Filha.
A hanseníase tem cura e o Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza diagnóstico e tratamento gratuitamente. Para identificar a doença, é feito um exame para detectar lesões ou áreas de pele com alteração de sensibilidade e/ou comprometimento de nervos periféricos, responsáveis pela parte motora e sensitiva dos membros superiores e inferiores do corpo. O tratamento é chamado de poliquimioterapia (PQT), sendo composto por uma associação de antibióticos e é feito com a tomada de doses mensais em unidades de saúde e em casa.
A transmissão da doença ocorre quando uma pessoa com hanseníase, que não faz o tratamento, elimina no ar, por meio da fala, tosse, espirro, o microrganismo, infectando outras pessoas. A doença pode acometer pessoas de ambos os sexos e de qualquer idade. Entretanto, é necessário um longo período de exposição à bactéria, sendo que apenas uma pequena parcela da população infectada realmente adoece.
O período de incubação da doença, ou seja, tempo em que os sinais e sintomas se manifestam desde a infecção, dura em média de 2 a 7 anos. Assim que os sinais aparecem, progridem lentamente.
Sinais e sintomas
Manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas em qualquer parte do corpo, com perda ou alteração de sensibilidade térmica (frio e calor), tátil (ao tato) e à dor.
Podem surgir, principalmente, nas extremidades das mãos e dos pés, na face, nas orelhas, no tronco, nádegas e pernas;
Áreas apresentam diminuição dos pelos e do suor;
Dor e sensação de choque, formigamento, fisgadas e agulhadas ao longo dos nervos dos braços e pernas;
Inchaço de mãos e pés;
Diminuição da sensibilidade e/ou da força muscular da face, mãos e pés, devido à inflamação de nervos;
Surgimento de úlceras de pernas e pés.
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Assessoria de Comunicação Social
Prefeitura Municipal de São José do Norte
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