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23/07/2018
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Cogestão é tema do segundo encontro de Educação Permanente em Saúde

Cogestão foi o tema abordado pela secretária de Saúde, Roberta Paganini, no segundo encontro do grupo de Educação Permanente em Saúde (EPS), realizado no dia 21 de junho, no auditório do Ministério Público, com o objetivo de promover a avaliação e a melhoria permanente dos processos de trabalho.

A secretária apresentou o modelo de cogestão aplicado à área da Saúde e esclareceu que esse formato amplia a autonomia dos trabalhadores, conferindo maior resolutividade. Nesse contexto, o olhar é voltado à gestão do cuidado com uma divisão colaborativa das responsabilidades: em uma ponta, o poder público tem suas atribuições; os trabalhadores da saúde têm suas competências específicas, e o paciente, que está na outra ponta dessa estrutura, também é responsável pelo seu modo de vida. Essa consciência é fundamental, principalmente para os casos de doenças crônicas como o diabetes, hipertensão e obesidade, de acordo com a gestora.

Nessa mesma linha, a Política Nacional de Humanização da Atenção e Gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) entende que não é possível dividir os modos de produzir saúde e os modos de gerir os processos de trabalho. Organizar estratégias e métodos de articulação de ações, saberes e sujeitos é uma forma de potencializar a garantia de atenção integral, resolutiva e humanizada. Essa perspectiva compreende a valorização dos diferentes sujeitos envolvidos no processo de produção de saúde e é norteada por valores como autonomia e protagonismo, corresponsabilidade, vínculos solidários e participação coletiva nas práticas de saúde.

Experiências e vivências de cogestão

Para chegar à cogestão (gestão horizontal) como modo de funcionamento do SUS, primeiro é preciso repensar o modelo vigente – que está inserido numa estrutura vertical. Isso passa pelo questionamento das relações de poder nesses ambientes e considera o processo de construção dos sujeitos a partir das experiências e subjetividades.

“As vivências modificam os sujeitos, que modificam o entorno. Na SMS, o serviço é prestado para alguém (cidadão) e por alguém (trabalhadores e prestadores de serviço) – que também são modificados com e por esse processo. Não oferecemos apenas Saúde, trabalhamos para melhorar a qualidade de vida das pessoas”, ressaltou a gestora.

Roberta destacou que o compromisso e a solidariedade com o serviço público são características que devem diferenciar os trabalhadores da Saúde. “Essa capacidade de ser solidário, de se colocar no lugar do outro e ver o que pode ser feito para amenizar a situação, é fundamental para a melhoria da qualidade dos serviços e para o bem-estar da sociedade”. É possível começar nos pequenos ambientes, com a democratização dos espaços de poder, através de pequenas mudanças nas relações interpessoais.

Educação Permanente em Saúde

O cronograma anual desenvolvido junto às equipes foi definido pela Coordenação da Atenção Básica da SMS em conjunto com o grupo de Educação Permanente em Saúde (EPS) com base nos encontros de EPS realizados em 2017.

Ao longo deste ano, serão abordados diversos temas como: Fluxos dos processos de trabalho; Humanização dos serviços; Vigilância em Saúde, responsabilidade de todos; Saúde Mental na AB e protocolos de atendimento.

Os encontros gerais, para todos os servidores, são realizados a cada dois meses. Já os encontros setoriais (por grupos profissionais) tem periodicidade mensal. O objetivo é criar espaços democráticos de discussão, identificar e encaminhar potencialidades, fragilidades, dificuldades e desafios, a fim de qualificar a produção do cuidado, além de fortalecer a participação do controle social no setor, de forma a produzir impacto positivo sobre a saúde individual e coletiva.

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