Centelha da Chama Crioula chega a São José do Norte no Domingo

Decididos a preservar a história Farroupilha, um grupo de 12 cavalarianos que representam a 6ª Região Tradicionalista, trarão a Centelha da Chama Crioula para São José do Norte. Eles partiram do município, na quinta-feira (29/8), em direção a Localidade do Povo Novo, em Rio Grande, e percorrerão o trajeto de 36 km com seus cavalos em busca da chama. Deverão retornar, no domingo (1º/9), quando conduzirão a centelha até o PTG Três Figueiras.

Esta é uma das atividades que integram a Semana Farroupilha Nortense, planejadas durante reunião, ocorrida no dia 16 de agosto, no Gabinete da Prefeita, entre as Secretarias Municipais de Educação de Cultura (Smec); Agricultura e Pesca (Smap); Turismo, Esporte e Promoções (SMTEL); e Obras e Urbanismo (Smou), e representantes dos CTGs e PTGs do município, da Brigada Militar, Inspetoria Veterinária e Instituto Histórico e Geográfico de São José do Norte.

A Chama Crioula permanecerá até o dia 14 de setembro no PTG Três Figueiras. Após, será conduzida até a Rua General Osório onde a chefe do Executivo Municipal, Fabiany Zogbi Roig, acenderá a pira e dará início aos Festejos Farroupilha 2019.

Neste ano o tema dos Festejos Farroupilhas, definido pelo Movimento Tradicionalista do Rio Grande do Sul foi: Vida e obra de Paixão Côrtes, em memória do folclorista e um dos mais importantes pesquisadores que foi referência no estudo da identidade do gaúcho.

Os homenageados a nível municipal na Semana Farroupilha 2019 são o Patrono Joel Lemos, o senhor Enilo Pinheiro Lucas,  e, pela primeira vez na história do município nortense,  uma Mulher Campeira será homenageada, a senhora Sônia Maria da Costa Terra.

Breve histórico de Paixão Côrtes

João Carlos D’Ávila Paixão Côrtes nasceu em Santana do Livramento, na Fronteira Oeste Gaúcha, em 12 de julho de 1927. Era agrônomo, mas ficou conhecido por ser folclorista, compositor, radialista e pesquisador, considerado como um dos ícones da cultura e dos costumes gaúchos.

Tornou-se símbolo de Porto Alegre ao servir de modelo, em 1954, para a Estátua do Laçador, do escultor Antônio Caringi. Em 2017, o folclorista anunciou seu afastamento da vida pública.

Ele resgatou a cultura gaúcha e os símbolos do gauchismo, a Chama Crioula (criada em 1947, como uma extensão da Chama da Semana da Pátria), o Desfile dos Cavalarianos, a Ronda Crioula (que, nos anos 1960, deu origem à Semana Farroupilha), e o primeiro Centro de Tradições Gaúchas, criado em 1948 com o nome de 35, por Côrtes, Barbosa Lessa, Glauco Saraiva e Hélio José Moro.

Faleceu aos 91 anos de idade, em 27 de agosto de 2018, na capital gaúcha, no Hospital Ernesto Dornelles (fonte: http://www.mtg.org.br).