Agropecuaristas nortenses estiveram reunidos, na última semana, para participar de um encontro que abordou a Importância do Manejo de Solo. O evento integra as atividades do Programa Juntos Para Competir, desenvolvido pelo Senar e Sebrae em parceria com a Secretaria Municipal de Agricultura e Pesca (Smap).
O instrutor do Senar, Alencar Toledo, destacou que o solo é o bem mais precioso na propriedade. “Ele (solo) está presente do início ao fim da nossa vida. O homem nasce, cresce e morre dependendo do solo”, explicou.
O cuidado com solo representa o aumento da produtividade numa propriedade. O controle da acidez, condição química do solo, é um fator importante a ser monitorado. O agrônomo do Senar também destacou que São José do Norte tem um solo arenoso, por isso, deve-se mexer pouco, apesar de ser recomendado o manejo.
Toledo falou também sobre os cuidados para não provocar erosão e abordou assuntos como sustentabilidade, melhoria da produtividade e fertilidade do solo. O solo nortense é arenoso, ou seja, bastante suscetível à erosão e se desloca com facilidade, por isso, o agricultor deve ter um cuidado redobrado com a matéria orgânica, reduzir o preparo o máximo possível e cuidar a dosagem dos nutrientes. A realização de análise de solo é bastante necessária para monitorar a fertilidade do solo.
“O manejo do solo é à base de qualquer cultura que irá se implantar, seja fruticultura, seja horticultura, seja pasto, de uma forma ou de outra os animais irão comer e isso será transformado em matéria-prima, como carne, ovos, leite, ou seja, tudo sai do solo, então, saber manejar o solo é fundamental para a atividade do produtor”, enfatizou Toledo.
É em função do manejo que o produtor irá manter o solo com boa fertilidade pra continuar produzindo e todos esses cuidados são chamados de sustentabilidade, ou seja, o produtor trabalha uma atividade e faz com que ela seja sustentável ao longo do tempo e, para ser sustentável o produtor tem que produzir, tirar o sustento e tornar o solo cada vez melhor, explicou Toledo.
“No curso, nos tentamos passar para o produtor a ideia de que o solo é um fator vivo respeitando a parte física, química e biológica e a parte biológica é o que dá sustentabilidade, pois é a vida do solo”, destacou o instrutor.
“A gente sempre entendeu como adubar, controlar os animais no solo e, agora, ao entender como o solo se comporta, como age, dá para entender o que está debaixo dele, o que a gente não vê. No momento que a gente entende consegue manipular e controlar melhor o solo”, disse o produtor Pedro Moraes, participante do curso e que já prevê melhorias na propriedade.