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03/06/2020
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Obesidade infantil e saúde mental

O mês de junho é o mês alusivo à Conscientização contra a Obesidade Mórbida Infantil e é importante falar sobre o tema, pois muitas vezes acabamos não dando a real importância. Além de ser um grande fator de risco para a saúde física da criança, a obesidade infanto-juvenil traz diversas implicações psicossociais à vida do indivíduo, podendo comprometer também a sua saúde psicológica e social.

Alguns dos fatores de riscos psicológicos da obesidade na infância e adolescência podem ser os impactos na autoestima, em função da estigmatização, a dificuldade de aceitação da autoimagem corporal, sentimento de fracasso, de inferioridade, insegurança, bullying, podendo ser também um aspecto que contribui para o desenvolvimento de alguns transtornos mentais.

O Manual de Diagnósticos e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM 5) não define obesidade como um transtorno, entretanto identifica algumas associações entre a obesidade e uma série de transtornos mentais (transtornos de compulsão alimentar, transtornos depressivos, transtornos de ansiedade, transtornos dismórfico corporal). A obesidade não é um sintoma, ou seja, não necessariamente o indivíduo obeso tem algum transtorno mental, porém ela pode vir a ser um fator de risco para o desenvolvimento de transtornos mentais.

Quando falamos em criança e adolescente, estamos falando de indivíduos em fases específicas do seu desenvolvimento, os quais estão formando suas personalidades, reconhecendo a si mesmos, socializando com grupos de amigos e descobrindo suas identidades, por isso a família tem total responsabilidade de orientar, cuidar e apoiar durante esse período.

É de suma importância o papel da família e principalmente daqueles que são as principais referências da criança nesse momento. A família deve apoiar a mudança de hábitos e comportamentos da criança, começando pelos adultos. Adquirir hábitos mais saudáveis em relação à alimentação, estimular e incentivar a prática de atividade física, acompanhar e envolver a criança na organização da rotina ou na preparo do próprio alimento , são formas de auxiliar e promover saúde mental. A criança aprende principalmente pela observação daqueles que são suas referências afetivas importantes. Sempre que falamos sobre auxiliar na mudança comportamental da criança, a família é o eixo de tudo, então a mudança ocorre no lar, com a participação de todos que convivem diariamente com ela.

Uma dica essencial, por exemplo, é buscar evitar reforços negativos, comparações e comentários que possam interferir negativamente na autoimagem da criança como “Como você está gordinho”, “Se continuar assim, não terá roupa para usar”, etc. Procure trocar esses comentários por incentivos e estímulos às pequenas mudanças já iniciadas, validando aquilo de positivo que a criança já conseguiu e demonstrando apoio ao que ainda não conseguiu (“Hoje não deu, mas amanhã tentaremos novamente”, “Tu tentou e isso já é super legal”).

É importante lembrar também que incentivo e estímulo não é a mesma coisa que pressão e cobrança. Com amor, carinho e exemplo é possível auxiliar no desenvolvimento dos pequenos e prevenir possíveis transtornos mentais, além de promover saúde física e mental para a criança e toda família.  

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