Ciclo de palestras quebra o silêncio em relação ao suicídio

O projeto Quebrando o Silêncio chegou a São José do Norte no início deste mês, através de um Ciclo de Palestras promovido pela Igreja Adventista em parceria com a Secretaria de Educação (Smec), com foco na valorização da vida e na prevenção ao suicídio. A atividade, que teve início no dia 11 de setembro, no Centro Educacional do Bairro Carlos Santos, é voltada aos alunos do 6º ao 9º ano das escolas da rede municipal da sede e do interior. O tema também será trabalhado com alunos do 1º ao 5º ano, de forma lúdica, a partir do material que foi disponibilizado aos professores.

O ciclo de palestras integra as ações do Setembro Amarelo – campanha de conscientização que visa alertar para essa realidade e orientar para a identificação dos possíveis sinais em pessoas próximas e para as formas de prevenção. Além das palestras nas escolas, são transmitidas orientações através de materiais informativos como a revista Quebrando o Silêncio Teen – que visa educar os jovens para evitar e prevenir o abuso e a violência em suas diversas formas.

Nessa conversa sobre a importância da valorização da vida, com vídeos, relatos e um bate papo livre, muitos alunos descobriram que o índice de suicídios já é maior do que o número de mortes por guerras e assassinatos juntos. Uma dúvida surgiu: o que leva uma pessoa a tomar essa decisão? Os motivos são muitos e diversos! De modo geral, o suicídio pode ser entendido como uma triste forma de acabar com a dor, que pode estar relacionada a sentimentos passageiros e impulsivos, à dificuldade em lidar com as emoções, frustrações e traumas.

Daí a importância de falar sobre os sentimentos e ter a coragem para pedir ajuda – e para ouvir a quem precisa. Isso porque, quando se pensa em desistir, independente da motivação, é fundamental entender que as coisas não vão bem e que a percepção de si mesmo e das próprias capacidades pode ficar distorcida ou limitada. É com esse propósito que a equipe do Centro de Atenção Psicossocial (Caps) Atalaia está de portas abertas para acolher a quem precisa, sem encaminhamento, sem burocracias: a busca é livre e qualquer cidadão ou órgão pode procurar esse apoio ou acompanhar alguém que precisa de ajuda profissional.

O Centro de Valorização da Vida (CVV) também oferece apoio emocional, atendendo de forma voluntária e totalmente gratuita todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo, por telefone, e-mail e chat, 24 horas todos os dias. Mas a gente sempre pode pedir ajuda para alguém mais próximo, pode conversar com um amigo, professor, assistente social, psicólogo, médico, pai, mãe... alguém em quem se pode confiar.

Além de quebrar o silêncio e falar tudo mesmo, a sugestão é tentar buscar a felicidade nas pequenas coisas e pedir ajuda – sempre que for preciso – porque mesmo em meio a tantas dúvidas existe uma certeza: o mundo não será um lugar melhor sem você!